Gestação de Alto Risco


Gestação é um fenômeno fisiológico e, por isto mesmo, sua evolução se dá, na maior parte dos casos, sem apresentar variações ou anormalidades. Apesar disto, há uma parcela de gestantes que, por terem características específicas ou por sofrerem algum agravo, apresenta maiores probabilidades de evolução desfavorável tanto para o feto como para a mãe.

Essa parcela constitui o grupo chamado de “gestantes de alto risco”, ou seja, aquelas em que a vida ou a saúde da mãe e/ou filho tem maiores chances de ser atingida por complicações do que a média das gestações.

Os fatores que geram riscos podem ser agrupados em 4 grandes grupos:

– características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis: menores de 17 anos / esforços físicos / exposição a agentes químicos e estresse / situação conjugal insegura / altura menor que 1,45m, peso menor que 45kg e maior que 75kg / dependência de drogas lícitas e/ou ilícitas;

– história reprodutiva anterior: morte perinatal (antes e após o parto) explicada ou inexplicada / recém-nascido com crescimento retardado, pré- termo ou malformado / abortamento habitual / esterilidade e/ou infertilidade / doença hipertensiva / cirurgia uterina anterior;

– doença obstétrica na gestação atual: número de fetos e volume de líquido amniótico / trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada / aumento inadequado de peso / pré-eclâmpsia e eclâmpsia (complicações do bebê e da mãe) / amniorrexe prematura (rompimento da bolsa ovular) / hemorragias de gestação / isoimunização / óbito fetal;

– intercorrências clínicas: cardiopatias / pneumopatias / nefropatias / endocrinopatias / hemopatias / epilepsia / doenças infecciosas / doenças autoimunes / ginecopatias.